"Pensei que era moleza mas foi pura ilusão
Conhecer o mundo inteiro sem gastar nenhum tostão"
(Melô do Marinheiro - Os Paralamas do Sucesso)
Esse blog é dedicado a todos que voam, que já voaram e que sonham em voar!





sábado, 2 de julho de 2011

Enquanto isso na Azul Linhas Aéreas...



Semana passada, dia de nevoeiro intenso em São Paulo e Rio de Janeiro, como é comum nessa época do ano.
Dia de aeroportos fechados por condições metereológicas. Dia de stress para todos que trabalham em aviação, principalmente agentes de aeroporto e tripulantes, que são aqueles que tem que passar óleo de peroba na cara e botar a mesma para bater.

Dia de passageiros estressados nos mais diversos graus, botando para fora seus instintos mais baixos, sem querer nem saber se a culpa do atraso é de São Pedro ou não. Eles querem é chegar ao destino de qualquer jeito, não importa como.

Embarque tumultuado em São Paulo depois de muitas horas de espera para o voo com destino ao Rio. Um casal com uma criança de colo reclama com a comissária que marcaram lugares separados para eles e pedem para sentar juntos.

A comissária se dirige a um passageiro sentado sozinho na primeira fileira de poltronas:
- Com licença. Será que o senhor poderia trocar de assento para esse casal com a criança poder sentar juntos?
Passageiro: - Só se tiver assento na janela.
Comissária: - Um momento.
Volta pouco depois.
- Senhor, tem um assento na janela um pouco mais atrás.
Passageiro: - É no Espaço Azul?
Comissária: - Não.
Passageiro: - Então eu não troco.
Comissária: - Obrigada, senhor.

O casal reclama mais um pouco e no final viaja separado mesmo. O homem vai sozinho na fileira de poltronas do Espaço Azul.

Mas o que é o Espaço Azul e por que ele é tão imprescindível?
Espaço Azul é o nome criado para denominar dezesseis poltronas do avião com alguns centímetros a mais de espaço para esticar as pernas. Sim você já leu isso por aqui, no post Assento conforto.

O passageiro, no ato da reserva pode solicitar um assento no Espaço Azul pagando uma diferença de R$30,00 no preço do bilhete.
As poltronas comuns tem 79cm de espaço entre elas. As poltronas "nobres" do Espaço Azul tem 86cm. O passageiro paga por 7(sete) centímetros a mais!
Você duvida? Então clique aqui.



Está aberto o debate. Na sua opinião quem está errado nessa história?

O passageiro, que foi mesquinho ao se recusar a ceder seu assento para o casal com uma criança de colo?
Afinal era um voo de quarenta minutos, será que faria tanta diferença assim os sete centímetros a mais para tão pouco tempo? O que custava ele fazer a gentileza?

O casal, que poderia muito bem viajar separado numa viagem de quarenta minutos e ninguém morreria por causa disso? Afinal o voo já estava bastante atrasado, para que causar mais problemas? Além do mais o cidadão pagou 30 reais de diferença para ter o direito de sentar lá.

As empresas aéreas,que na ganância por mais dinheiro sub-locam a classe econômica inventando assentos diferenciados numa mesma cabine e criam estratégias de marketing visando botar lenha na fogueira de vaidades que existe dentro de cada ser humano, fazendo-os acreditar que 30 reais farão deles pessoas "diferenciadas"?

Acreditem, queridos leitores, é muito fácil massagear o ego de um passageiro. Apesar deles se avaliarem por muito, acabam se vendendo por bem pouco. Às vezes por sete centímetros a mais para esticar as pernas. Outras vezes por um bombom Sonho de Valsa.

3 comentários:

FILIPE ELOY disse...

Sem dúvida, nesta história, quem está errado são todos. Todos os passageiros envolvidos, é claro. Em uma viagem tão ridiculamente curta como esta, nenhum dos dois lados tinham o direito de atrasar ainda mais o vôo por questões tão miúdas.
Espero não ter que passar tanto por isso! rs


bjosss

Anônimo disse...

Isso depende do motivo pelo qual o passageiro que se negou a fazer a mudança reservou este espaço. Algumas pessoas assim o fazem pois precisam de um espasso extra... tem pernas compridas, é mais gordinho. Mais errada pra mim é a comissária que colocou o passageiro em uma situação constrangedora de ter desistir de um serviço pelo qual pagou a mais

Anônimo disse...

"Acreditem, queridos leitores, é muito fácil massagear o ego de um passageiro. Apesar deles se avaliarem por muito, acabam se vendendo por bem pouco. Às vezes por sete centímetros a mais para esticar as pernas. Outras vezes por um bombom Sonho de Valsa".