"Pensei que era moleza mas foi pura ilusão
Conhecer o mundo inteiro sem gastar nenhum tostão"
(Melô do Marinheiro - Os Paralamas do Sucesso)
Esse blog é dedicado a todos que voam, que já voaram e que sonham em voar!





domingo, 30 de dezembro de 2012

Mistérios da aviação

A porta do banheiro do avião e seus mistérios... 
Como abrir? Por que passamos a sofrer de oligofrenia diante dela? Por que nossos olhos não focalizam a maçaneta? Por que nossa mente se desorganiza diante dessa porta? 
Ilusionismo? Auto-sugestão? Paranormalidade? Ou imbecilidade pura e simples?


Quem já voa passou por essa situação incontáveis vezes. Quem quer voar, é bom ir se preparando. Nossos queridos passageiros quando embarcam no avião deixam a cabeça no solo!


Fonte: Aeromoça Indelicada-Facebook

sábado, 8 de dezembro de 2012

Voando no Natal

A escala de Dezembro já deve ter saído para a maioria dos tripulantes. Se não fizeram a cachorrada de publicar só a primeira quinzena e deixar todo mundo roendo as unhas por mais uma semana.

Voar nas festas de fim de ano é um dos pontos negativos da profissão. Por mais que você se diga desapegado de família e datas comemorativas, ser obrigado a passar o Natal com desconhecidos não é exatamente o melhor programa. Bate aquela sensação de cão sem dono. Enquanto todo mundo faz planos, seja para estar com a família e amigos, seja para viajar para um lugar distante por opção, o tripulante está à mercê da programação que a escala de voo apresenta.

É verdade que o critério senioridade é levado em conta na hora de conceder as folgas de Natal e Ano Novo. Mas com tantos pedidos e choradeiras, às vezes isso não é possível e não é tão raro o "novinho" ganhar folga nas festas e o "antigão" voar Natal e Ano Novo. E aí não adianta chorar.

Já passei mais de um Natal voando, e Ano Novo também. Nem sempre feliz da vida, nem sempre com quem eu queria estar. Faz parte. É o outro lado do glamour.

Desejo a todos que vão estar trabalhando esse final de ano, um Feliz Natal e um Ano Novo cheio de prosperidade!!! E que encontrem Papai Noel pelos céus do mundo!

Para aqueles que desejam voar, espero que em 2013 seu desejo se realize e vocês estejam engrossando a fileira dos ansiosos pela escala de Dezembro.

Para os que perderam as asas, desejo que Papai Noel traga logo um novo par de asas, mais lindo e mais potente do que o antigo, para poder voar mais longe!


sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Histórias de mala

Todo tripulante ganha da empresa como parte do uniforme as malas que ele usará quando estiver a serviço. Geralmente são duas, uma grande e uma pequena, fora o porta casacos que em alguns casos serve para carregar mais do que casacos hehehe...

A mala maior é usada em voos internacionais pelo tempo que passamos fora e pelo fato de que no inverno temos que levar roupas mais volumosas.

As empresas não permitem que tripulantes portem malas diferentes daquelas que eles dão. Também é proibido ao tripulante portar objetos fora da mala tipo sacolas ou coisas grandes demais para caber nas mesmas. Então a gente tem que se virar com o espaço que nos permitem.

Meus primeiros voos para Miami foram uma orgia de compras desenfreada! Tudo que eu via eu achava que precisava e tinha que ter, e confesso que muitas das coisas compradas no calor do momento se revelaram sem qualquer utilidade prática e acabaram jogadas num canto e se não encontrasse ninguém para doar iam para o lixo.

Normal. A gente fica como criança em loja de brinquedos tamanha a variedade de coisas diferentes e com um preço bom. Quer levar tudo! Para nós, para a família e amigos.

Confesso que em vinte anos de voo nunca aprendi a arrumar uma mala direito como já vi colegas fazerem com maestria.

Certa vez em um desses voos para Miami eu comprei mais do que deveria. Na hora de arrumar as malas não conseguia acomodar minhas compras e fui ficando desesperada.

Liguei para o quarto de uma colega pedindo socorro. Ela veio e em menos de dez minutos conseguiu acondicionar todas as tranqueiras que eu tinha comprado! Fiquei muito agradecida e impressionada com esse dote que eu nunca tive.

Com o tempo aprendemos alguns macetes, como tirar coisas das embalagens e dobrar as mesmas de modo a aproveita-las depois, colocar uma coisa dentro da outra para ganhar espaço, otimizar os cantinhos da mala com coisas que não quebram nem amassam. Mas nunca atingi a perfeição!

A medida que o tempo passa a gente fica mais seletivo com as compras. Pensamos duas vezes antes de levar algo, questionamos se realmente vale a pena levar aquela toalha de banho linda e com preço ótimo, mas que vai ocupar metade da mala. Às vezes funciona. Às vezes a gente compra assim mesmo. rsrs

sábado, 1 de setembro de 2012

A primeira mala a gente nunca esquece...

Essa foi a minha primeira mala de tripulante. Na verdade eram duas, uma maior que a gente levava em voos internacionais e ia no porão do avião e uma menor que ia conosco na cabine.

Lembro bem do dia em que eu as "conquistei". Naquela época (1985) não existiam escolas de formação de comissários. A empresa que nos contratava fornecia todo o treinamento, que fazíamos com a carteira já assinada como aluno-comissário, ganhando um salário que era uma ajuda de custo (no meu caso 1 salário mínimo vigente), e com a condição de que na primeira pisada de bola seríamos desligados sumariamente.

O curso teve duração de 3 meses, das 8 da manhã às 5 da tarde, de segunda a sexta sob fiscalização de dar inveja à Gestapo. Qualquer vacilo era motivo para uma advertência: chegar atrasado, estar sem batom, cabelos desarrumados, barba por fazer, falar alto nos intervalos ou qualquer comportamento considerado inadequado para a postura de um futuro comissário. Chegar atrasado então equivalia a uma sentença de morte! Na segunda reincidência não tinha perdão!

 Também não escapamos da famigerada prova para obter a licença de voo. A única diferença é que naquela época a banca não era ANAC, ainda era DAC (Departamento de Aviação Civil). A prova era múltipla escolha, com direito a Coronel do DAC devidamente paramentado sentado na mesa, instrutores fazendo papel de fiscal e muito nervosismo. O nervosismo era por saber que quem não passasse na prova seria automaticamente desligado do curso e da empresa. Ou seja: ou você passava ou era Rá, Ré, Ri, Ró, Rua!!!

Depois de uma semana de noites mal dormidas e muita ansiedade (na época não tinha essa moleza de resultado on-line não!), recebemos a notícia de que toda a turma havia passado. Foi uma alegria geral!

A prova aconteceu mais ou menos na metade do curso. Depois da aprovação, éramos oficialmente comissários. O próximo passo para nos sentirmos assim por completo era pegar o uniforme. Devo dizer que a entrega do uniforme tinha para nós muito mais importância do que a aprovação na banca do DAC. Era um sonho realizado. Sentir o gostinho de literalmente "vestir a camisa" da empresa era tudo de bom!

Todos os dias durante uma determinada semana era chamado um grupo de uns cinco ou seis alunos para ir ao setor de uniformes experimentar as roupas e pegar todas as peças. A chamada era por ordem alfabética, e eu com nome começado com L já estava em cólicas para chegar a minha vez.

Finalmente chegou o dia. Lá fui eu experimentar saia, blazer, collants, etc. Peguei dois conjuntos de saia e blazer, vários collants de cores diferentes, lenço, sapato, sapatilha, manteau para usar no inverno, cardigan para usar  por cima do jumper, espécie de vestido que usávamos a bordo para servir, meias finas, a asinha dourada com a figura de Icaro que era nosso distintivo, bolsa e as duas malas. Saí de lá com as malas abarrotadas.

Eram de madeira pintadas de azul com o símbolo Varig. Por dentro eram forradas de cetim azul. Não tinha carrinho embutido como as malas mais modernas. Até para a época elas já estavam meio demodé.  Eram pesadas, mas muito mais resistente do que as malas de hoje. Aguentavam qualquer parada!

Não me cansava de olhar para as minhas malas! De vez em quando abria e ficava olhando as roupas do uniforme, me imaginando já vestida e trabalhando.

Com o tempo percebi que o a parte interna de cetim do tampo da mala era usado para pregar fotos da família, adesivos que ganhávamos, pins e bottons, imagens, amuletos ou qualquer coisa que pudesse nos fazer companhia quando estávamos sozinhos nos hotéis de pernoite. Era nossa personalização, nossa referência, nossa segunda casa.

Apesar de ser proibido, também colávamos adesivos na parte externa das malas. Não só para dar nossa personalidade a ela, mas também para facilitar sua localização num mar de malas de tripulantes. Se algum intrutor falava alguma coisa, a gente retirava os adesivos externos por algum tempo e depois colava outros.
Tenho até hoje as duas. Apesar de ser obrigatória a devolução quando íamos pegar novas peças, muitos de nós não devolviam, alegando que iam trazer depois.

Não me arrependo nem um pouco. As duas malas grandes (consegui ficar com duas!) hoje guardam enfeites de Natal e outras tranqueiras. A pequena guarda revistas antigas, e está com os mesmos enfeites no tampo da época em que ela era minha companheira de viagens. Olhar para ela já é uma viagem!

Daqui a alguns anos devem estar valendo um dinheirinho por ser antiguidade. Mas eu não vendo por nada. Para mim elas não tem preço!

Se minha mala falasse teria muitas histórias para contar...

sábado, 16 de junho de 2012

Estão me clonando!!!

Tá, eu sei que na internet nada se cria, tudo se copia. Também sei que não tenho direitos autorais de nada do que aqui escrevo, pois são experiências comuns a todo o grupo de voo.
Todo tripulante tem histórias parecidas, casos engraçados, pitorescos, tensos... E o que faço aqui é relatar minhas experiências, dar algumas dicas, escrever sobre comportamentos, sobre a rotina da profissão, sobre os tipos de passageiros.  Nada demais. Não pretendo inventar a roda.
Mas o plágio puro e simples do meu humilde blog, inclusive da introdução, com a estrofe devidamente creditada aos Paralamas do Sucesso É MUITA CARA DE PAU!!!

Sempre achei que tripulantes fossem pessoas criativas e cheias de imaginação. Faz parte do perfil da profissão devido à enorme gama de pessoas e culturas diferentes a que temos acesso. A aviação é repleta de histórias. Divertidas, emocionantes, comoventes e tristes.
Será que dá tanto trabalho escrever coisas novas sem plagiar os outros?

Assim como Santos Dumont fez com seus inventos, criei esse blog para deixa-lo à disposição daqueles que quiserem ler, pesquisar, tirar dúvidas, etc. Mas apesar de ser muito prazeroso escrever aqui, o trabalho criativo demanda esforço e tempo, e fico chateada ao perceber que pessoas que não querem ter esse trabalho simplesmente copiam sem dar os devidos créditos.

But I'm a grown up girl! Não vou deixar de dormir por causa disso!

quarta-feira, 30 de maio de 2012

31 de Maio - Dia do Comissário





Quem de nós nunca se sentiu assim pelo menos uma vez? No topo da escada, no topo do mundo, voando alto??? Quem de nós nunca se achou? E de fato a gente É!!!!
Feliz dia, comissários, comissárias, aeromoças, aerovelhas, aeroaspirantes!!! Que o céu não tenha limites!
Que a gente continue voando cada vez mais alto, mesmo com os pés na terra!



sexta-feira, 13 de abril de 2012

Encontro em Samarra

Era Dezembro de 1986. Eu completava meu primeiro ano de voo, e como "presente" minha turma ganhou uma promoção para Chefe de Equipe.

Também conhecidos como Chefe de Cabine, Comissário Chefe ou Lider, dependendo da empresa, esse profissional atua como gerente da tripulação de comissários, ganha uma gratificação pelo cargo e fica responsável por resolver pepinos e descascar abacaxis.

Passageiro está reclamando de alguma coisa? Chama o Chefe! Um dos comissários está trabalhando mal? Fala com o Chefe! Passageiro teve um piripaco e está estendido no chão? Avisa ao Chefe! Comandante vai dar esporro? Quem escuta é o chefe! Comissário ficou doente no hotel, sofreu um acidente durante o pernoite, foi preso? É com o Chefe!

Naquela época a empresa estava contratando bastante, e como em aviação antiguidade é posto, as promoções aconteciam precocemente. Com apenas um ano de voo, nem eu nem meus colegas de turma estávamos preparados psicologicamente para assumir esta responsabilidade. Mas, como nada nos foi perguntado, simplesmente quando fomos pegar a escala de voo descobrimos que tínhamos mudado de função... O jeito foi entubar.

E para completar (nada é tão ruim que não possa ficar pior...), eu e outros colegas tivemos que acumular a função de Chefe de Equipe com a de instrutor! Colocaram uma comissária recém formada para voar fixa comigo! Sem contar que, com a promoção, eu passei de comissária "antigona" a chefe "novinha", isto é, estava de novo no rabo da fila!

Por isso que eu me encontrava fazendo reserva no Galeão no dia primeiro de Janeiro de 1987. Entre os voos que eu cobria, estava o voo 797, com destino a Abidjan na Costa do Marfim.

Quando entramos para trabalhar numa empresa que também faz voos internacionais, começamos fazendo voos domésticos e só depois de um tempo é que passamos para os voos internacionais. Voos para a América do Sul são considerados internacionais regionais e são operados pelos mesmos equipamentos que fazem voos domésticos. Os voos para o continente africano também eram com os mesmos equipamentos. por isso, mesmo não sendo comissários "internacionais" nós fazíamos essas rotas.

Nunca tinha estado em Abidjan. Curiosa que sempre fui, queria fazer um voo desses para entre outras coisas comprar pulseiras e colares de marfim.
Mas a tripulação titular foi chegando aos poucos. Faltou um comissário auxiliar e acionaram uma novinha. Poucos meses de voo. Dezoito anos. Deixou a família na Bahia e veio atrás do sonho de voar. Ela ficou felicíssima!

Faltava chegar um Chefe de Equipe, nesse voo eram dois. Eu fiquei na torcida para o segundo não chegar. A outra chefe era Gisela. Já tínhamos voado juntas algumas vezes, ela era boa colega e boa companhia para o pernoite. Seria bom eu me juntar a ela no voo. Mas na última hora chegou o titular do voo.

Fiquei decepcionada! Me despedi da Gisela: "Poxa, ainda não será dessa vez que eu vou conhecer Abidjan!" E ela: "Que pena! Queria que você fosse! Fica pra próxima!" Foi a última vez que nos falamos.

No dia seguinte fui fazer meu voo programado. No dia 3 de Janeiro pousei de volta no Galeão por volta de dez da manhã. O despachante que recebeu nosso voo, mal abriu a porta e ao invés de Bom Dia soltou:"Vocês souberam do Abidjan?"
E a gente não sabia de nada. Chegávamos de Belém depois de três horas de voo. Ele, ao perceber que não sabíamos ainda, tentou dourar a pílula: "O avião sumiu!"
Como assim sumiu? O que aconteceu? O que foi que houve? Alguém morreu? Mas depois da gafe inicial, nosso colega do aeroporto ficou evasivo e reticente.

Fomos para o DO. Todos ali com cara de enterro. O avião não tinha sumido.  Tinha sofrido um grave acidente na decolagem de Abidjan quando voltava para o Brasil. Caiu a poucos quilômetros do aeroporto e explodiu.  Lá estava a lista de tripulantes do voo fatídico. Sem acreditar ainda no que tinha acontecido eu fui lendo. Dentre eles estava minha amiga Gisela. A baiana Celina de apenas dezoito anos, que tinha tanta saudade do irmão pequeno que andava com a foto dele na bolsa, e que queria tanto ser comissária que tinha dito à mãe dela que se ela morresse agora morreria feliz.  O comandante Carneiro, conhecido como Carneirinho, brincalhão e querido de todo mundo. O rapaz cuja irmã também era comissária. O outro que trabalhava fazendo a escala dos comissários e que tinha passado para o voo há pouco tempo. E todos os demais. Todos mortos!

Fui para casa em estado de choque. Tinha me dado conta da minha própria vulnerabilidade humana. Percebi que não somos nada. Que a vida é uma passagem. Que o presente tem esse nome porque cada dia que estamos vivos é um presente. Que ninguém pode viver o destino de outro.

Lembrei-me de um conto que eu já tinha lido há anos, mas que naquele momento fazia todo sentido. Encontro em Samarra de Somerset Maugham:


Certa vez um mercador de Bagdá mandou seu servo ao mercado comprar provisões. Pouco depois, o servo voltou, branco e trêmulo. Disse: “Mestre, agora mesmo, quando estava no mercado, fui empurrado por uma mulher no meio da multidão e ao me virar vi que fora a Morte quem me empurrara. Ela me olhou e fez um gesto ameaçador. Agora me empreste o seu cavalo, vou cavalgar para bem longe desta cidade, a fim de evitar meu destino. Irei a Samarra, lá a Morte certamente não me encontrará”.
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O mercador emprestou-lhe seu cavalo. O servo montou, enfiou as esporas nos flancos do animal e, tão rápido quanto este conseguia galopar, se foi. Então o mercador foi até o mercado, viu a morte em pé no meio da multidão, seguiu até ela e disse: “Por que você fez um gesto ameaçador para o meu servo, quando o viu pela manhã?”
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“Não fiz nenhum gesto ameaçador”, respondeu a morte, “foi uma reação de pura surpresa. Fiquei atônita ao vê-lo, aqui, em Bagdá, já que tenho um encontro marcado com ele esta noite, em Samarra”.



Algumas observações:


  • A comissária novinha para quem eu dava instrução pediu demissão depois disso. Tinha um mês de voo.
  • Nunca pernoitei em Abidjan
  • Os nomes das comissárias que morreram no acidente foram trocados.
  • Se alguém tiver interesse em saber mais detalhes sobre o acidente com o Boeig 707 PP-VJK,inclusive a transcrição da caixa preta, aqui vai um link



sábado, 24 de março de 2012

Come fly with me

Uma das minhas músicas favoritas! Do filme Prenda-me se for Capaz, com Leonardo Di Caprio e Tom Hanks. Come Fly With Me, na voz poderosa de Frank Sinatra, além de fazer a gente viajar no tempo, faz qualquer ser humana desejar ser uma aeromoça!  


sexta-feira, 16 de março de 2012

Consciência situacional

Para que ninguém se esqueça de que não importa aonde você esteja, esteja lá por completo! E quando estiver lá, procure manter o foco e não fazer cagadas! kkkk


domingo, 15 de janeiro de 2012

A história dos uniformes


Para quem tem curiosidade em conhecer uniformes de companhias aéreas, o Guia dos Curiosos fala da coleção do holandês Cliff Muskiet que pode ser vista no Museu da Aviação da Tam em São Carlos-SP.

Os homens que me perdoem, mas a coleção é de uniformes femininos. Mesmo assim vale a pena entrar no site do dedicado holandês e dar uma olhada.

Devo admitir que o uniforme da Varig mostrado, apesar de não ser o mais feio, poderia ser melhor representado.

Tem uniformes do passado e do presente. De empresas orientais e ocidentais. É uma verdadeira viagem!

Para curtir com calma.
Entrem lá!

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

10 coisas que um comissário de bordo não deve fazer


   Como eu ando sem tempo para postar, deixo esse video engraçado para vocês se divertirem. A número 6 quase aconteceu comigo mais de uma vez! kkkk

Prometo que assim que eu me desenrolar do treinamento que eu estou preparando, voltarei com novas postagens.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Samba do avião

Toda vez que eu pousava no Rio de manhã cedo eu me lembrava dessa música! E sempre me emocionava!

Não importava de onde eu estava vindo, se eu já estava estourada de cansaço depois de uma noite inteira ralando, nem se o voo não tinha sido muito bom. A emoção continuou. Mesmo depois de anos o pouso no Rio sempre foi um momento especial.

É como uma criança que pede para a mãe contar sempre a mesma história inúmeras vezes, e em todas as vezes a empolgação é igual.

Apesar da letra da música falar do aeroporto do Galeão, ela foi inspirada em um pouso no Santos Dumont. Quem me contou foi o próprio maestro Tom Jobim, a bordo de um voo para Brasília, mais ou menos um ano antes da sua morte.

O avião tinha poucos passageiros, e ele veio conversar com a tripulação. Muito simpático e educado, perguntou-me de onde eu era. Eu falei que era do Rio e mencionei o Samba do Avião que sempre me vinha na lembrança a cada pouso na cidade.

De fato o pouso no Santos Dumont é mais bonito panoramicamente falando. Mas nós dois concordamos que a cidade vista do alto é linda de qualquer jeito!

Quem já teve oportunidade de pousar em um aeroporto carioca sabe do que eu estou falando. Quem tem a cidade maravilhosa como lar sabe mais ainda. E fica inchado de orgulho! Como se fosse o responsável pelas belezas naturais do Rio. Vai ser bonito assim lá... rsrs

Água brilhando, olha a pista chegando, e vamos nós..... pousar!